segunda-feira, setembro 15, 2008

Flores que nascem dos teus lábios


Olho os teus olhos fechados,
ouço a tua respiração breve.
E sei que sabes que te vejo,
como tu sabes que eu o sei.

Admiro, meu amor, o teu sonho.
Levas-me para fora da cidade,
às estradas ermas dos arredores,
onde voo sobre o teu corpo.

E um outro nos aparece:
ramos, são os teus braços;
flores,as que nascem dos teus lábios;
corre um rio no vale entre os seios.
E volto a ser um camponês,
trabalhando a terra que me dás.

Nuno Júdice