Viagem
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga
2 Comments:
Gostei muito deste texto. Ultimamente tudo aquilo que fala de viagens, de desconhecido e de descoberta fala-me mais próximo. Gostei muito da foto que escolheste. Encaixa mesmo bem!
Grande post, sem dúvida.
Tou em falta contigo. Tinha-te prometido uma surpresa. Infelizmente não consegui mesmo fazê-la porque a foto que te queria deixar...não se deixou 'postar'.
Estava a planear deixar-te um guylian virtual dado que gostas tanto....Desculpa ter saído furado. Mas vale a intenção?
Pronto, visualiza uma concha de chocolate mesclado com um ligeiro toque a café...é pra ti!!
Um beijinho grande
mood:
Este texto é realmente muito interrogativo, se é que me faço entender. E se o cruzarmos com o post com que abri este blog, temos realmente algo que pensar... digo eu.
A foto pré-existia, mas quando decidi postar o texto, lembrei-me de imediato que seria uma combinação interessante, a fugir ao óbvio e, além disso, parece-me uma foto muito bem conseguida.
Ainda bem que gostaste.
Quanto ao guylian, claro que vale a intenção!
Já estou a saboreá-lo com prazer.
Obrigado pela lembrança :o)
Beijinhos grandes
P.S. Já leste o meu comentário no teu "A beleza além de efémera..."? :o)
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